Procurei mais uma vez o silêncio, deitei-me na relva, e parei o meu relógio, impulsivamente atirei-o para o mais longe que pude, queria ficar sem regras, sem o relógio que comandava todas as minhas acções, o condutor do meu horário e de toda a minha vida.
Fechei os olhos, senti uma revolta enorme dentro de mim, uma vontade enorme de gritar, chorar e desesperar queria apoderar-se de mim, mas não fui capaz de deitar tudo para fora, não fui capaz de quebrar o que prometi a mim própria no momento em que desististe do que prometemos no passado. Era como uma missão, eu tinha de ser capaz de prometer, para me honrar de quem sou; os seres humanos erram, os seres humanos fazem porcaria. Mas os seres humanos têm de ter consciência dos seus actos, eu prometi, e não posso falhar.
Voltei a abrir os olhos, o céu estava exactamente na mesma, desde quando fechei os olhos e mergulhei profundamente no pensamento. Se calhar porque nem tudo muda enquanto o tempo passa, enquanto nós nos revoltamos, enquanto nós destruímos, dizemos que a culpa é do mundo. Quando nos preocupamos em saber quem foi o inútil, o culpado, o mundo está lá fora, na mesma, à nossa espera. Nem com relógios parados, nem com pensamentos profundos o mundo muda totalmente, nós mudamos, e precisamos de culpar alguém.
Com isto tudo, o tempo passou, o relógio está atrasado, e o mundo continua igual, à minha espera…
10 comentários:
Está lindo, querida!
Gostei: «Se calhar porque nem tudo muda enquanto o tempo passa, enquanto nós nos revoltamos, enquanto nós destruímos, dizemos que a culpa é do mundo» e mais não digo!
lindoo amor , concordo :)
Lindooooo, fogo princesa, escreves cada vez melhor!! :)
Obrigada eu queridaaa.
gosto bastante
Obrigaaaado *
oii
adorei seu blog
tô seguindo...
segue???
http://meuryss.blogspot.com/
Bjim
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