Queria ser
capaz de saber o meu futuro nos dois e qual seria a melhor escolha. Eu queria
não pensar nisto, eu queria saber qual seria o melhor para mim, eu não queria
que fosse sempre a mesma coisa. Eu queria ser feliz, mas no fim, no fim, já não
sabia o que queria.
- Porque é que
és sempre a mesma coisa Cristina?
Gritei de
susto, e levantei-me naquela rocha. – Tu? Que estás aqui a fazer? – Era o
Rafael.
- A tua bolsa.
– Esticou-a até mim.
- Obrigada. –
Peguei nela. – Mas não precisavas disto. Eu ia lembrar-me dela.
- Quase ta
roubaram, tu continuas tão simpática.
- Sim, pois é.
Obrigada mais uma vez. Tenho de ir.
- Já vais?
Vi-te tão perdida nesses pensamentos.
-
Interrompeste-os. Agora tenho de ir. Adeus. E tu tens a tua namorada. – Comecei
a andar, e a tentar apressar o meu passo.
- Por favor. Fica,
um pouco.
- Ela acabou
contigo, foi? – disse com um tom irónico
- Ela não é
minha namorada, ela não me é nada.
- Não é? –
Voltei para trás. – Desculpa, não tenho nada de me meter nos meus assuntos,
adeus Rafael. Pode ser que nunca me meta mais na tua vida.
- O que queres
dizer com isso? Desististe de mim?
- Para que
desistir do que eu nunca quis?
Ficou muito
sério a olhar para mim. – Nunca quiseste?
- O que
tivemos aconteceu no passado, e eu nunca mais vou lembrar-me disto, se queres
saber, vai ter lá com quem quiseres, para mim, não foste nada, e se foste, eu
já passei isso.
- Desculpa-me,
tu devias de saber tudo do início. Mas não posso fazer nada. Estes últimos dias
têm-me deixado feliz por te ter conhecido. Compreendes todos os meus medos. Tu.
Eu. Eu não esperava encontrar-te, mas não fui capaz de te contar sobre a Íris.
Eu fiquei sem saber o que fazer. Perdoa-me. – Aproximou-se mais de mim.
- Eu perdoo
Rafael, estás perdoado. Nunca iria haver nada entre nós. – Abracei-o.
- Pode haver,
eu só preciso de mais uma oportunidade. Por favor. Eu só preciso de ti. –
Sussurrou no meu ouvido.
- Eu não te
posso dar uma oportunidade, por mais que queria, eu não posso, eu perdoo, mas
não esqueço. E mesmo assim, os nossos caminhos nunca se vão juntar de novo.
- Estás a tentar
dizer alguma coisa?
- Foste a
melhor coisa que me aconteceu no Porto. Mas agora eu tenho de ir. A minha vida
vai mudar e já nada pode mudar isso.
Saí dali,
desta vez a correr, já chegava daquilo, nem devia ter dito nada.
(…)
- Pai, Mãe,
estão em casa?
- Sim,
passasse alguma coisa? – Disse a minha mãe, chegando à sala, com o meu pai.
- Eu vou
convosco para Santarém. Não me posso separar de vocês.
- Ó querida, tomaste
a decisão acertada, não queríamos deixar-te aqui.
- Vou fazer as
malas.
- Ainda faltam
dias.
- Eu tenho de
me mentalizar que tudo mudou. Não é?
Continua ;)
Escolhas sem retorno XXII aqui
19 comentários:
gostei imenso!
agora espero pela continuação :)
NÃO ! ELA NÃO PODE IR !!! ;s
eu até gosto do meu. apesar de nos darmos como cão e gato ;o
Gostei muito :)
gosto, gosto! :D
Muito obrigada mesmo minha linda :)
Gostei :')
gostei lindo.
mas ela não pode ir :s
de nada, e obrigada eu querida :)
obrigada:)
opá que querida :$
então porquê, querida? :s
ai és? $:
são mesmo? :x
gostei *
se calhar até estas :o
Gostei mesmo muito (:
olá :) obrigada pelo comentário!
estou a gostar imenso da tua história *.*
tenho estado ausente e por isso, não respondi aos comentários deixados no meu blog :))
a música é: Pendulum - Witchcraft
Adorei, adorei, adorei :')
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