(…)
[De
volta a casa, a meio do caminho]
-
Quem é aquele rapaz? – perguntou a Gabriela
- O
Rafael? Ah! É um colega, é da escola… -
Menti, sei que se contasse a verdade, viria a maratona de perguntas, aí teria
de lhe contar tudo sobre o Hélder, tudo sobre tudo…
-
Mas, tu deste-lhe um beijo na boca, é normal?
Morri,
o que eu temia, ela viu…
-
Não foi na boca querida, aquilo não foi um beijo, eu depois explico. –
Atrapalhei-me, e mudei de assunto. – Bem, aquilo que aconteceu no rio, não é
para contar a ninguém.
- Do
beijinho, ou de eu ter ido brincar com
outro menino?
-
Não houve beijo nenhum, e não é para ninguém saber de nada, nem de tu teres
desaparecido. Combinado?
- Sim.
(…)
Consegui arranjar permissão para ir dar uma volta, ouvindo uma década de conselhos, mas consegui...
Enquanto
me preparava, sentia-me diferente, e, criava uma confusão na minha cabeça,
porque, afinal, eu não o conheço, e, vou estar com ele… Era estranho, mas eu
perto dele sentia-me bem, não pensava nos meus problemas, não tinha medo, sabia
que ele era diferente, e eu não tinha medo dele, sentia que ele não me podia
fazer mal nenhum…
Jantei,
e saí de casa, já passavam das nove, mas não me importei.
Lembrei-me,
de mandar uma mensagem à Telma: “Olá, desculpa não ter dito nada, mas tenho
muitas novidades mesmo, estou neste momento a ir ter com o Rafael, estive com
ele de tarde, e, tenho muito para te contar, quando estivermos juntas.
Beijinhos bf.”
Cheguei,
e ele estava lá, à minha espera.
-
Então, estavas à muito tempo à minha espera? Desculpa o atraso…
-
Não tem mal nenhum, confesso que até fiquei com medo de que não viesses.
-
Sou de palavra, não me conheces, mas sou.
-
Tenho tempo para te conhecer, e quero conhecer-te.
-
Claro, eu também te quero conhecer, desde ontem que tenho curiosidade em saber
quem és. Menino misterioso…
-
Não tenho mistério, mas tu… Gostava tanto de saber o que se passou ontem, o que
tinhas, o que te fazia ficar tão revoltada.
- É
uma longa história. Mas, o que me rói aqui, é, a tua história, tu, hoje,
mostraste muito de ti, mas, foi muito confuso tudo o que tu fizeste e disseste.
-
Pois, é a minha vida, porque tudo o que somos se reflecte nas nossas atitudes.
-
Conta-me a tua história, eu quero saber quem és, o que está por trás desse teu
corpo, desses teus olhos…
-
Queres mesmo saber?, Bem, então
comecemos… Eu cresci no Alentejo, e quando tinha onze anos. - Fez uma pausa. - Aconteceu algo que eu nunca esperei, algo que mudou a minha vida por completo, e me fez vir para o Porto. - Olhou para mim, eu continuava ali, imóvel, queria mesmo saber o que se passou. - E... perdi muito.
Continua ;)
Escolhas sem retorno XIII aqui
10 comentários:
GOSTEI*
all right, li não sei quantos capítulos, tinha isto muito atrasado, publicas a uma velocidade que não acompanho... mas sinceramente gostei muito, e melhoraste bastante... continua amor (:
Adorei :)
Continua*
Pois é :)
Gostei *-*
ohh, muito obrigada! *.*
Espero bem que sim :)
Não tens nada que agradecer querida :)
ahah são mesmo; eu gosto é de fazer aquelas conferências com bué gente e depois nunca se percebe nada do que se diz aahah (:
Mesmo; ou quando dizem: "Calem-se calem-se vem ai o meu pai/mãe" e toda a gente se cala; a sério; eu amo essas conferências; e depois quando se tenta perceber coisas; percebemos coisas sem sentido nenhum ahah :)
obrigada *
Adorei ! ;)
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