12 de julho de 2011

Escolhas sem retorno XIV


(…)
[De volta a casa, a meio do caminho]
                - Quem é aquele rapaz? – perguntou a Gabriela
                - O Rafael? Ah!  É um colega, é da escola… - Menti, sei que se contasse a verdade, viria a maratona de perguntas, aí teria de lhe contar tudo sobre o Hélder, tudo sobre tudo…
                - Mas, tu deste-lhe um beijo na boca, é normal?
                Morri, o que eu temia, ela viu…
                - Não foi na boca querida, aquilo não foi um beijo, eu depois explico. – Atrapalhei-me, e mudei de assunto. – Bem, aquilo que aconteceu no rio, não é para contar a ninguém.
                - Do beijinho,  ou de eu ter ido brincar com outro menino?
                - Não houve beijo nenhum, e não é para ninguém saber de nada, nem de tu teres desaparecido. Combinado?
                - Sim.
(…)
Consegui arranjar permissão para ir dar uma volta, ouvindo uma década de conselhos, mas consegui...
                Enquanto me preparava, sentia-me diferente, e, criava uma confusão na minha cabeça, porque, afinal, eu não o conheço, e, vou estar com ele… Era estranho, mas eu perto dele sentia-me bem, não pensava nos meus problemas, não tinha medo, sabia que ele era diferente, e eu não tinha medo dele, sentia que ele não me podia fazer mal nenhum…
                Jantei, e saí de casa, já passavam das nove, mas não me importei.
                Lembrei-me, de mandar uma mensagem à Telma: “Olá, desculpa não ter dito nada, mas tenho muitas novidades mesmo, estou neste momento a ir ter com o Rafael, estive com ele de tarde, e, tenho muito para te contar, quando estivermos juntas. Beijinhos bf.”
                Cheguei, e ele estava lá, à minha espera.
                - Então, estavas à muito tempo à minha espera? Desculpa o atraso…
                - Não tem mal nenhum, confesso que até fiquei com medo de que não viesses.
                - Sou de palavra, não me conheces, mas sou.
                - Tenho tempo para te conhecer, e quero conhecer-te.
                - Claro, eu também te quero conhecer, desde ontem que tenho curiosidade em saber quem és. Menino misterioso…
                - Não tenho mistério, mas tu… Gostava tanto de saber o que se passou ontem, o que tinhas, o que te fazia ficar tão revoltada.
                - É uma longa história. Mas, o que me rói aqui, é, a tua história, tu, hoje, mostraste muito de ti, mas, foi muito confuso tudo o que tu fizeste e disseste.
                - Pois, é a minha vida, porque tudo o que somos se reflecte nas nossas atitudes.
                - Conta-me a tua história, eu quero saber quem és, o que está por trás desse teu corpo, desses teus olhos…
                - Queres  mesmo saber?, Bem, então comecemos… Eu cresci no Alentejo, e quando tinha onze anos. - Fez uma pausa. - Aconteceu algo que eu nunca esperei, algo que mudou a minha vida por completo, e me fez vir para o Porto. - Olhou para mim, eu continuava ali, imóvel, queria mesmo saber o que se passou. - E... perdi muito.
Continua ;)
Escolhas sem retorno XIII aqui

10 comentários:

Rita disse...

GOSTEI*

- andreia pereira . disse...

all right, li não sei quantos capítulos, tinha isto muito atrasado, publicas a uma velocidade que não acompanho... mas sinceramente gostei muito, e melhoraste bastante... continua amor (:

- disse...

Adorei :)
Continua*

-sofia disse...

Pois é :)
Gostei *-*

aimee rose disse...

ohh, muito obrigada! *.*

- disse...

Espero bem que sim :)
Não tens nada que agradecer querida :)

-sofia disse...

ahah são mesmo; eu gosto é de fazer aquelas conferências com bué gente e depois nunca se percebe nada do que se diz aahah (:

-sofia disse...

Mesmo; ou quando dizem: "Calem-se calem-se vem ai o meu pai/mãe" e toda a gente se cala; a sério; eu amo essas conferências; e depois quando se tenta perceber coisas; percebemos coisas sem sentido nenhum ahah :)

inêsf. disse...

obrigada *

Dahliaw disse...

Adorei ! ;)